Tirando nossos projetos do papel




Como estão nossos projetos?


Momento ideal para refletirmos sobre este tema; mas afinal, o que sentimos diante de um projeto que pretendemos concretizar? Como enxergamos e captamos o potencial deste para nossas vidas? Qual a dimensão, alcance que almejamos atingir dentro de uma esfera racional ou emocional?


Temos esses pontos bem definidos, ou não?


Muitas vezes compreendemos a dimensão, mas não temos o preparo para atingir, enxergamos o horizonte ensolarado, porém não confiamos no propósito, pretendemos algo, sem saber exatamente o que é. Qualquer indefinição, quando analisamos um projeto, se desdenhada, abre espaço para a inquietação e esta, por sua vez, incentiva a impulsividade.  Não podemos iniciar um projeto desta forma.


Devemos entender que projeto é um processo, possui etapas e estas geram raízes, todas interligadas (se relacionam), interdependentes (interagem para se completarem), formando uma estrutura, um fluxo indicativo de atividades que precisam ser executadas em determinado momento, deixando claro, aquilo que se espera obter. Todo processo, projeto, visa um objetivo, uma meta (objetivo mensurado), um propósito.


O propósito do projeto é SER ÚTIL; o quão útil esse projeto será para nossas vidas? Falamos há pouco sobre enxergar e captar o potencial, estando essa visão bem definida, temos o combustível, o gerador de potência, o pontapé inicial e podemos partir para execução.


Não se constrói uma casa, sem uma planta arquitetônica. A primeira etapa para se erguer uma casa é o reconhecimento do terreno, e posterior a confirmação das medidas, partiremos para a elaboração da planta, logo ela servirá como uma instrução para construção. Devemos começar da mesma forma, conhecer nosso terreno, ou seja, enxergar os vazios que existem em nosso interior e que precisam ser preenchidos através da dinâmica (da motivação). Precisamos compreender o cenário vazio em todos os sentidos para apropriá-lo de utilidade. Quando andamos nas ruas preferimos ver um terreno baldio, cheio de entulho, ou uma bela casa com jardim?


Após interpretar e compreender a planta arquitetônica, iniciaremos o trabalho de construção. Esta etapa geralmente é dividida em duas; etapa A e etapa B, onde A, é aquisição, organização dos materiais de construção, e B, a execução das atividades na obra.


Trazendo para nossas vidas, precisamos organizar nossa matéria prima (sentimentos e emoções). Todos os materiais, madeira, tijolo, pedra, cimento, telha, precisam ser administrados de forma equilibrada; não podemos utilizar madeira onde devemos usar tijolo ou vice e versa.


Nossos sentimentos e emoções devem ser regidos e harmonizados pela paz interior, não é possível executar um projeto pulando, antecipando, e/ ou desprezando etapas, tudo precisa estar em ordem, pois estamos almejando um propósito firme. Durante a execução da obra, devemos nos esforçar, muitas serão as dificuldades, abriremos buracos inúteis, paredes que deverão ser destruídas e reconstruídas, interrupções (chuva, atrasos, falta de mão de obra). Compartilharemos situações de ansiedade, preguiça, desânimo, medo, tristeza, mas o propósito será maior, a finalidade do projeto deve ser maior, pois será a fonte motivadora.


Na execução, momentos difíceis às vezes nos levarão a uma pausa, mas não a desistência, pessoas nas quais contávamos, vão seguir seus caminhos, mas outras aparecerão, teremos que postergar, mas não significa que está dando errado, mas faz  parte do processo, temos que lidar com essas situações e continuar seguindo. Lembre-se, o propósito do projeto deve ser maior.


Ao final da etapa de execução da obra, entraremos na fase de acabamento. Nesse momento, os detalhes tais como decoração, limpeza, paisagismo, ajustes, aperfeiçoamentos, nos darão a possibilidade de aproveitar e desfrutar, sem tanta bagunça, barulho e sujeira. Ainda sentiremos o cheiro de tinta fresca, poderá até gerar desconforto, mas logo ele vai sumindo.


Quando chegamos neste momento, muitas vezes não olhamos para nós, não valorizamos o processo, pois já colhendo os frutos do projeto, desviamos nossos olhares somente para estes, e deixamos de contemplar tudo o que fomos e fizemos durante a fase de execução. Nos tornamos gratos ingratos, gratos pois alcançamos o propósito, e ingratos, pois não valorizamos nossas superações que nos fizeram alcançá-lo.


Alcançar o objetivo é muito importante, é fundamental para nossas vidas, mas as etapas pelas quais vamos superar para alcançá-lo é mérito também. Se durante a construção, construímos uma parede erroneamente que precisará ser destruída e reconstruída; tal fato tem significativo valor, tendo em vista o aprendizado, o esforço. Como enxergamos isto? Como estamos ensinando nossos filhos e netos?


Quando crianças, não nos esquecíamos dos tombos de bicicleta, eles não nos impediam de andar (tentar) novamente, queríamos sempre melhorar, ao ponto de calcular a quantidade de tombos que levávamos durante uma pedalada, já quando adultos, o medo de cair, de errar muitas vezes nos impede de tentar, e quando avaliamos nossos erros, somos carrascos de nós mesmos, e não enxergamos o que eles cultivaram verdadeiramente em nós, e o quanto puderam nos incentivar a tentar outra vez, para sermos melhores.


Projeto é foco no objetivo e aprender durante o processo!


Nosso objetivo é contribuir para sua saúde emocional e bem estar, por isso, fique atento as nossas postagens.




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Até mais e fique bem!

Paula Rosa

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