Bagunça interior; a ansiedade inimiga






Desordem, bagunça, confusão, caos, desarmonia, desequilíbrio. Como nos comportamos diante dessas situações? O que sentimos? O que buscamos?



Somos seres ansiosos. Nossa natureza humana garante através da ansiedade que nossas emoções fluam interiormente através de sensações. São experiências sentimentais e emocionais que direcionam nossas ações e reações. A ansiedade nos capacita a reagir. Quando estamos nos preparando para uma viagem de férias, passamos a desfrutar o momento muito antes dela efetivamente ocorrer, devemos isto a empolgação (não é bom?). Em uma situação de emergência, reagimos instantaneamente ao ocorrido, pois estamos sob estresse (não é importante?).



Não podemos e não queremos viver sem a ansiedade. Mas então por que chegamos ao ponto de chamá-la de inimiga?



A ansiedade se torna inimiga quando se manifesta em ambiente emocional desorganizado.



Falamos acima, que nossa natureza através da ansiedade garante a fluidez de nossas emoções, porém concordamos que para algo fluir ADEQUADAMENTE o ambiente precisa estar organizado, e, qualquer resquício de bagunça poderá interferir e DESCARACTERIZAR a manifestação ansiosa em nós.



Vamos pensar em um rio, mais especificamente a correnteza (“a correnteza do rio vai levando aquela flor....” linda música do Djavan). Quando observamos a correnteza em rios sem obstáculos (pedras e buracos) notamos uma fluidez em ordem, tranquila, em paz, já nos rios com obstáculos, a correnteza flui em desordem, agitada, barulhenta. Conseguimos notar a diferença?



Esse cenário muitas vezes ocorre em nosso interior. Os obstáculos (bagunça) causam a desordem, a desarmonia, o desequilíbrio atrapalhando nossas manifestações emocionais, potencializando inadequadamente sentimentos e emoções que afugentam a paz interior. (A paz assume o papel de MAESTRO em nosso interior HARMONIZANDO nossas emoções! Lembram desse texto?)



Ouso dizer que a inimiga não seria a ansiedade, mas sim a bagunça que causamos em nosso interior.



Mas como causamos essa bagunça e por quê?



A bagunça interior são “sobras” de ações e reações emocionais mal resolvidas. Isto deve-se a ausência do autoconhecimento (olha ele ai novamente!).


Vamos imaginar um juiz de direito. Digamos que esse juiz receba diariamente 10 processos para que sejam analisados e julgados. Desses 10 processos, ele, o juiz, analisa e julga somente 5, deixando os outros (5) empilhados em sua mesa para serem analisados posteriormente. Os motivos que levam o juiz a agir desta forma podem ser diversos; despreparo (falta de conhecimento da lei), relevância (priorizando os mais importantes), falta de tempo (agenda cheia), desinteresse (salário atrasado), desmotivado (estressado, cansado, deprimido), etc.



Conseguimos enxergar a bagunça que ele está gerando? A mesa desse juiz e também o espaço onde ele despacha seria uma desordem absoluta, ao passar dos dias, meses, anos, centenas de pilhas e milhares de processos não solucionados estariam sob as mesas, nos cantos, nas prateleiras, juntando poeira, traças (aqueles bichinhos), teias de aranha, etc. Não esquecendo o caos que este juiz provocaria aos réus que estariam aguardando seu parecer, alguns felizes, outros não.



Quantas vezes agimos como esse juiz, “empilhando papeis” quando não sabemos ou não queremos resolver? Há momentos na vida que a carência do autoconhecimento, o próprio despreparo (imaturidade) restringe nossa consciência. As vezes seguimos na ausência de ação e reação, ou agimos e reagimos de forma imprudente, não discernida corretamente. Quantas vezes dissemos SIM e na verdade queríamos ou devíamos ter dito NÃO?



A bagunça surge desses momentos, são “resquícios” que ficaram no passado, porém continuam vindo à tona, pois não estão totalmente resolvidos. (Pedrinha no sapato; coceirinha na cabeça. Incomoda!). 



A bagunça gera mais bagunça. Potencializamos nossas ações e reações presentes somando-as aos “resquícios” (bagunça) passados. Em ambiente emocional desorganizado tendemos a repetir ações e reações imprudentes.    



Percebemos que criamos um ciclo vicioso?



E as crises?



As crises trazidas pela ansiedade generalizada (inimiga) ocorrem quando tropeçamos na bagunça.  Nos momentos em que são esperadas nossas ações e reações despertamos uma ânsia conflitante, um desejo impulsivo, de tentar solucionar naquele momento todas as questões não resolvidas. Tensão, desespero, medo, desejo, querer. Um despertar de emoções e sentimentos que não fluem adequadamente, embarram na bagunça, ausentes de harmonia, pois afugentam a paz.



A Paz está em nós como essência.



Na ausência da paz perdemos o controle sobre nossas emoções. A ansiedade generalizada (inimiga) nos descaracteriza, pois nosso reflexo interior está em desordem e não compreendemos.



A ansiedade generalizada é a porta de entrada para outras doenças!



Remédios tratam os efeitos (a dor) mas não as causas (de onde vem a dor)!



Qual o primeiro passo para se livrar da ansiedade inimiga?



AUTOCONHECIMENTO!!!! 



Se não pode com o inimigo, una-se a ele!



Compreenda sua ansiedade, suas crises. Como vem? De onde vem? Por que vem? Qual o exato momento que vem? Como me sinto antes, durante e depois das crises? As crises remetem a algo? Avalie as intensidades e tire conclusões.



Seja franco ao tirar suas conclusões. Exemplo; minha ansiedade começou por medo, por euforia, etc.



Autoconhecimento é o caminho para restabelecer a paz e a organização emocional.



Invista em sua psicoterapia e viva melhor; olhe além!



Nosso objetivo é contribuir para sua saúde emocional e bem estar, por isso, fique atento as nossas postagens.





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Até mais e fiquem bem!




Paula Rosa

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